A decisão do presidente Joe Biden de tornar público seu ultimato a Israel esta semana não foi tomada de ânimo leve. A medida foi adotada após uma série de conversas telefônicas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e reuniões entre autoridades de segurança nacional dos EUA e Israel. Biden instou Netanyahu a reconsiderar os planos de uma grande ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, cidade densamente povoada e crítica para a ajuda humanitária.
Embora a Casa Branca acreditasse que seus avisos foram compreendidos, tornar essas advertências públicas representou uma mudança significativa nos laços entre EUA e Israel. Biden, cauteloso para evitar conflitos públicos com Netanyahu, agiu devido à percepção de que seus alertas estavam sendo ignorados.
Na semana passada, Biden suspendeu temporariamente o envio de 3.500 bombas para Israel, temendo seu uso em Rafah. Em uma entrevista à CNN na quarta-feira (8), Biden reiterou publicamente suas preocupações sobre a situação.